Ainda não sei como será esse fim.
Mas a sequência de acontecimentos
Sinalizam o seu possível cenário.
Tenho em mim a versão apenas aceitável
À comodidade das minhas aspirações:
Um quê de amplo silêncio e circunstância
Propícios à toda sorte de interiores viagens.
Uma enxurrada de visões etéreas
Com um viável veículo para o transporte ao infinito.
Um mata borrão programado
Para o apagar dos desdouros passados
E uma vívida memória dso momentos doces
Para aquela confusão ofuscante de lágrimas e sorrisos.
Os visitantes me virão todos:
Os que nos trazem a alegria que arrastam do mundo
E os que carregam também as grandes tristezas
Enrolados nos lençóis de suas generosidades.
Terei também algo de luxúria
Na exata dosagem das minhas possibilidades.
E virá então a inexorável reticência da existência:
Aí eu não saberei mais onde estarei.