Preferi dividir as benesses
Que imaginei pra minha vida futura
Antes mesmo que elas surgissem.
Preferi construir um acervo de memórias
Antes mesmo do meu preconizado fim.
Preferi abstrair as dores futuras
No que foi um presente intenso
Pra não senti-las sem razão
Quando acabarem surgindo.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
SERES INCOMUNS
A Marcelo Deda
Existem seres incomuns
Que transitam pela vida
Guiados por ideais.
Que provocam ondas de empatia
Quando mergulham
No imenso mar dos anseios.
Que transformam o simples verbo cotidiano
Num caudaloso arsenal de pérolas.
Existem sim!
Estes seres incomuns.
Cuja existência é uma dádiva dos céus.
Cuja vida é um divino sacerdócio
No sentido do justo realizável.
sábado, 12 de outubro de 2013
O ESPELHO
Apenas o espelho me diz que mudei.
Esse o grande defeito dos espelhos:
Refletem apenas o nosso molde físico
Degradado na sua forma e aparência
Pelas falências biológicas e temporais.
Só eu sei que não estou me vendo como sou.
Porque não subiria às nuvens
Como faço sempre que quero brincar os anjos
Sem as asas que não vejo alí.
Não montaria o mais veloz dos potros
Como faço sempre que corro os prados do infinito
Com aquele corpo que ali se mostra.
Não mergulharia no mundo da inocência e da fantasia
Para brincar as crianças do mundo
Com aquele siso ali incompreensivelmente refletido.
Esse o grande defeito dos espelhos:
Refletem apenas o nosso molde físico
Degradado na sua forma e aparência
Pelas falências biológicas e temporais.
Só eu sei que não estou me vendo como sou.
Porque não subiria às nuvens
Como faço sempre que quero brincar os anjos
Sem as asas que não vejo alí.
Não montaria o mais veloz dos potros
Como faço sempre que corro os prados do infinito
Com aquele corpo que ali se mostra.
Não mergulharia no mundo da inocência e da fantasia
Para brincar as crianças do mundo
Com aquele siso ali incompreensivelmente refletido.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
AMIGO DO PEITO
Carrego no peito um coração curtido
Que jamais irá me trair de súbito
Afeito que está às intempéries emotivas.
É um bom e forte esse coração
Que me bate no velho peito.
Sempre parceiro vibrante nos sublimes momentos
Quando lhe inundo de paixões
E calmo o bastante nos sombrios
Quando necessito do silêncio
Para digerir tristezas.
Guardião de segredos inconfessáveis
Que debulhará nos caminhos do tempo
Codificados em símbolos como flores vivas.
Espero conduzí-lo ainda muito
Apesar dos encargos e maltratos
Que impiedosamente lhe inflijo
Com meus péssimos e comprometedores hábitos.
Que jamais irá me trair de súbito
Afeito que está às intempéries emotivas.
É um bom e forte esse coração
Que me bate no velho peito.
Sempre parceiro vibrante nos sublimes momentos
Quando lhe inundo de paixões
E calmo o bastante nos sombrios
Quando necessito do silêncio
Para digerir tristezas.
Guardião de segredos inconfessáveis
Que debulhará nos caminhos do tempo
Codificados em símbolos como flores vivas.
Espero conduzí-lo ainda muito
Apesar dos encargos e maltratos
Que impiedosamente lhe inflijo
Com meus péssimos e comprometedores hábitos.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Visita ao fundo
Visitei hoje
Alguns dos meus amigos.
Não em suas casas físicas e definidas
Muito menos em seus parcos espaços e locações.
Mergulhei
Sem ser percebido ou contido
No profundo de suas indefesas retinas.
Varei planos e sub-planos
Dessa infrutífera tentativa de esquivas.
E por fim
Me embeveci do lodaçal de tristeza
Que faz o fundo
De toda essa nossa loucura de enganar
Que só o fundo dos olhos
De quem sabe penetrá-los
Revela com a doce complacência
Dos que nāo sabem fingir.
Alguns dos meus amigos.
Não em suas casas físicas e definidas
Muito menos em seus parcos espaços e locações.
Mergulhei
Sem ser percebido ou contido
No profundo de suas indefesas retinas.
Varei planos e sub-planos
Dessa infrutífera tentativa de esquivas.
E por fim
Me embeveci do lodaçal de tristeza
Que faz o fundo
De toda essa nossa loucura de enganar
Que só o fundo dos olhos
De quem sabe penetrá-los
Revela com a doce complacência
Dos que nāo sabem fingir.
domingo, 13 de janeiro de 2013
INTROSPECÇÂO
Passei um fim de semana
De olhares interiores
E ouvindo meus próprios silêncios.
Conheci de mim
Mais alguns segredos
Extraídos do baú onde guardamos abstrações.
Revisei sonhos e despertei saudades.
Passei a limpo em lágrimas
O que o remorso ou a tristeza me fizeram passar.
Revisitei locações onde vivi antigos dias
Carregando pesadas ambições
E conduzindo descabidas preocupações.
Não sei o que resultou em mim.
Passarei a olhar nos outros com mais vagar
Os efeitos do que serei
Após cada uma dessas pequenas reclusões.
De olhares interiores
E ouvindo meus próprios silêncios.
Conheci de mim
Mais alguns segredos
Extraídos do baú onde guardamos abstrações.
Revisei sonhos e despertei saudades.
Passei a limpo em lágrimas
O que o remorso ou a tristeza me fizeram passar.
Revisitei locações onde vivi antigos dias
Carregando pesadas ambições
E conduzindo descabidas preocupações.
Não sei o que resultou em mim.
Passarei a olhar nos outros com mais vagar
Os efeitos do que serei
Após cada uma dessas pequenas reclusões.
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