quarta-feira, 10 de outubro de 2012

SEM TÍTULO

Não sei o que é a verdade
Nunca ousaram me contar
Aqueles que a tem no íntimo.
Deixam que eu sofra alheio
Mergulhado na amargura da dúvida.
Deixam que eu viva remoendo
A ignorância que tolhe a vida.
Deixam que a morte
Me seja a cada hora desejada.

Não sei o que é a razão
Acho que se esconde nos medos
Nas ilusões e nos desejos dos outros.
Aninha-se nas juras mentirosas
E nas palavras que só dizem os lábios
E que jamais poderiam ser ditas.

Não sei o que é a lógica
Se às vezes vem a morte antes da vida.
Se às vezes se pode fingir o pranto.
Se se pode enganar a vida inteira.

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