(Ao meu pai enfermo)
Venho de um par de olhos tristes.
Corri de braços que queriam me abraçar
E estavam inertes.
Deixei num leito triste
Um rio de lágrimas retido
E um mundo de perguntas irrespondíveis.
Venho da casa que me gerou
E que semelha hoje
Despojos de um naufrágio
Que desagua num mar injusto.
Dos muitos olhos que me espreitam
E que me seguem o sombrio passo de fuga
Não sei dos que sabem
O peso da tristeza que carrego.
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