terça-feira, 9 de agosto de 2011

AH! A POESIA...

                                               (Para Antonio Sobrinho)


         Há que descer tão fundo
Até mesmo onde o próprio poço
          Sinta a vertigem.
     O "não" há que se assustar
Da veracidade de sua negação absurda.
           Tudo precisa ser
      Mais profundamente "do que".

Assim se deve fazer a poesia
        Marcando cada linha -
     Verso, se assim queiram
Com a força que supere a força.
     Para que cada dor ou prazer
               Subvertidos em êxtase
                       Se expliquem
Diante de atônitos embevecidos.


       

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