(Para Antonio Sobrinho)
Há que descer tão fundo
Até mesmo onde o próprio poço
Sinta a vertigem.
O "não" há que se assustar
Da veracidade de sua negação absurda.
Tudo precisa ser
Mais profundamente "do que".
Assim se deve fazer a poesia
Marcando cada linha -
Verso, se assim queiram
Com a força que supere a força.
Para que cada dor ou prazer
Subvertidos em êxtase
Se expliquem
Diante de atônitos embevecidos.
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