Consolo-me das tristezas
Entre paredes brancas
Que me cercam silenciosas
Sob esse teto que me espia
E que me frustra a visão das estrelas
Mas sem me impor limites
Ao que me conduz ao infinito.
Imagino o além das janelas
Como triviais e insípidas ocorrências
Para os que buscam, em vão
Preencher o vazio de suas vidas vazias.
Ouço do meu silêncio o que pretendo
Para a minha alma inquieta.
Tenho as longas horas das noites longas
Para minhas viagens etéreas
Onde revisito tudo que ficou pra trás.
Nenhum ressentimento me assalta o íntimo.
Mas uma compreensão mais profunda
Me diz a cada suspiro ou involuntário soluço
Que isso é tudo e o muito que se pode ter.
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