Minha alma mais se nutre no silêncio
Onde se põe calma e mansa
A perscrutar o íntimo de mim.
No caminho inverso dos meus atos
Palmilho cada sílaba vivida
Decodificando seus intricados símbolos
Formulando o teorema óbvio do meu eu.
Vejo-me na inteireza do meu ser
Transparente e simples como tudo
Incompreensível, entretanto
Se cuido de procurar razões a ermo.
Ao fim de tudo, curvo-me
Postas as mãos na prece que anima.
E vejo a Deus - verdade pura
De quem fui mesmo antes do início
E de quem serei eternamente
Mesmo após toda consumação.
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