quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PLATÔNICO

Gosto de beber calado
Este teu desejo anônimo.
Gosto de te desejar
Sem puder confessar
- Senão com os olhos.
Gosto de saber-te minha
Sem jamais haveres dito
Senão com os olhos.

Gosto desse nosso diálogo de silêncio
Que só os olhos e os desejos sabem travar
Com todas as palavras.

Gosto de saber-te inquieta
Na tua aparência tranquila.
Gosto desta mútua prisão
Que confina nossas melhoras palavras
E frustra nossos corpos
Dos nossos melhores prazeres.

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