quinta-feira, 4 de agosto de 2011

AMORES E AMORES

                                           (Para um amigo que ama incondicionalmente)



Não consigo volver os olhos
Da imagem tua
Nem turvá-la
Com as máculas banais
Vistas por olhos comuns.

A pureza da tua imagem
Eu guardo sempre, desde sempre
E para sempre.

Murmuram aqui e ali
Sobre uma tolice
Que dizem possuir-me.

Riem até às costas minhas
E outros até se apiedam.

Não é minha nem tua a culpa
Que a vida
Insensata como sempre
Tenha conspirado
Contra nossa harmonia.

E que os pulsos
E os anseios carnais
Tenham conturbado
A nossa perfeita intimidade.

Aliás, eterna minha!
É que eles  são tolos
E não sabem
Que existem amores e amores.                                           

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